O cisto ósseo traumático é um pseudocisto que ocorre com pouca freqüência, normalmente de descoberta acidental em uma radiografia de rotina, como a radiografia periapical ou panorâmica, observando-se, na maioria dos casos uma única área radiolúcida. Devido a sua etiologia e patogênese ainda não estarem definitivamente estabelecidas, permanece, assim, sujeita a controvérsias.
Clinicamente, é uma lesão benigna intraóssea que pode conter fluido no seu interior, entretanto, muitas vezes, se observa uma cavidade vazia. Quando curetada, pode apresentar tecido conjuntivo e fragmentos ósseos no exame histopatológico. Geralmente é assintomática, sendo comumente encontrada em exames radiográficos de rotina. Porém, pode apresentar aumento de volume na área afetada, dor, parestesia e linfoadenopatia.
A mandíbula é o osso do arcabouço facial, que responde pela grande maioria dos casos, podendo tal
lesão ser encontrada também na maxila, porém com menor freqüência (AZEVEDO et al., 2002). O cisto ósseo traumático pode ainda ser encontrado em outras partes do esqueleto, porém em uma pequena per-
centagem, variando em torno de 3,4% de casos.